Discordâncias
Pensando em muitos assuntos sobre
qual escrever ( porque escrever para mim já tornou-se uma necessidade ),
confesso que um está a me incomodar. E o título já está a dizer sobre o que
quero falar. Minhas convicções se inquietam quando é tirado de mim o direito de
discordar. Sim, porque discordar é um direito meu, até que se prove o
contrário.
E para dizer sobre o meu direito de
discordância, quero lembra-los dos meus direitos de expressão, se é que ainda
vivemos em um país com liberdade de expressão seja ela religiosa, filosófica,
ideológica, etc. Um ponto a ressaltar é que, discordar é diferente de criticar,
até porque sou contra a crítica sem proposta. Dotada desses direitos agora
posso deliberar.
Confesso que sempre fui uma pessoa
questionadora, e com passar dos anos e
dos estudos isso foi piorando, ou melhorando, depende do ponto de vista. E
acredito que as pessoas deveriam sim, ser mais questionadoras, pois quanto
maior a ignorância maior o poder de manipulação. Eu discordei de uma “crença”
assim denominada (mesmo entendendo que a palavra crença é melhor empregada para
assuntos religiosos e não ideológicos). Ora, se você está disposto a expor uma
ideologia você também deve estar disposto a ouvir discordâncias.
Para os poucos que me conhecem bem
nem preciso dizer o quanto inquieta eu fiquei. Gente, está na hora de evoluir,
de crescer, de amadurecer. Eu não sou
obrigada a aceitar a ideologia, filosofia, crença ou religião de seu ninguém.
Eu posso ouvir e tenho o direito de respeitar, mas não sou obrigada a aceitar.
Cada um com o seu cada um.
Agora reflito o quanto isso se
estende em nossa vida. Quantas coisas nós acreditamos, e não porque realmente
acreditamos, mas porque alguém nos fez acreditar naquilo. O quanto nós
dispensamos energia, tempo e sentimentos em coisas que não são genuinamente
nosso, e sim imposto pelo outro. E além de perigoso é excessivamente revoltante
isso. Comece a pensar as coisas por outro ângulo. Comece a questionar, a
investigar, a pesquisar, a estudar, e assim percebe-se a quantidade de infâmias
que ouvimos todos os dias. Conceitos e modos de vida que estabeleceram para nós
que não fazem o menor sentido.
Não devemos aceitar as coisas como
são. Vamos questionar sua veracidade, vamos questionar sua integridade, vamos
questionar o seu poder de manipulação. O meu alerta é para que a gente não
aceite as coisas tal qual nós é ofertada. Uma boa parte das ofertas são
propostas de manipulação e escravidão de pensamentos que nos fazem cada vez
mais retrógrados.
Ideologias tem aos milhares. Filosofias
são muitas. Crenças e religiões tem para cada gosto. Desfrute do que lhe for
melhor. Mas do que você julgar melhor. Não deixe que os outros julguem por
você. Escolha o que você realmente acredita, o que você realmente acha certo. E
você pode até estar errado, assim como eu também posso, mas a escolha será
nossa, e não de outrem. Escute, a todos, todas as versões, todos os lados. Não
julgue. Reflita. Alerte. Faça a sua parte. Pesquise, estude, não deixem que te
enganem, em área nenhuma, seja emocional, profissional, financeira, religiosa,
etc. Questione, sempre! E tome as conclusões por você mesmo!
Boa reflexão.
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