Feliz Natal e Boas Festas
Mais um ano
está chegando ao fim. E que ano. Se fizermos uma retrospectiva certamente nos
surpreenderemos com tantos acontecimentos impactantes sobre nossa vida. E como
manda a etiqueta, este é aquele momento em que paramos nossa mente e fazemos
uma reflexão, de nossa vida, nosso trabalho, nossos relacionamentos.
Conquistas, perdas, dores, felicidades, laços ou muros. Esta análise é positiva
e bem vinda, necessária a todos nós.
Particularmente,
o Acorde Filosófico obteve sua primeira conquista: a publicação de um poema na
agenda Livro da Tribo 2015, de alcance nacional. A alegria de ver o trabalho
realizado e seu reconhecimento traz um sentimento único, inesquecível,
inenarrável. Sobretudo, receber os abraços e cumprimentos, congratulações e
palavras de incentivo é algo que a matéria não consegue interpretar. É digno da
frase: “o sensível é invisível aos olhos”. Agradeço a todos vocês que leram,
curtiram, compartilharam, adquiriram ou de alguma forma acompanha e incentiva
esse trabalho, o meu MUITO OBRIGADA!
Mas não
poderíamos encerrar esse ano, sem deliberar com vocês a reflexão nossa de cada
dia. Há alguns dias venho pensando o que este final de ano me trouxe, o que
compartilhar com vocês. Confesso que é uma tarefa árdua, daquelas que só os
poetas compreendem. Os desejos foram tantos, as obrigações foram muitas, e o
balanço do que foi para o que queríamos que fosse nem sempre é positivo.
A cada ano a
vida traz um aprendizado, uma tarefa, uma missão, um caminho a seguir. Este não
foi diferente. Sim, temos nossas metas no trabalho, nossas competências
profissionais, objetivos a cumprir, números a apresentar. Gosto de trabalhar,
me faz sentir viva, com o cérebro a todo vapor. Se perguntassem a mim um
exemplo ou ídolo profissional eu com certeza responderia: Dr. Reid – Criminal Minds.
O cérebro que todos queriam ser, inclusive eu. Mas o que tem me intrigado mesmo
são as relações humanas. O árduo trabalho de encontrar o equilíbrio, a
sabedoria, o amor.
Numa sociedade
cada dia mais competitiva, manipuladora, consumista e individualista discutir assuntos
como valores, ética, moral e humanidade é um desafio, quase impossível. As
pessoas continuam na ilusão de que o dinheiro satisfaz, que o status salva e
que a fama vale qualquer preço. Nos mantemos cegos aos inúmeros casos de
suicídio, de abandono, descaso, depressão, males da sociedade que de tanto
correr anda para trás. Somos impelidos a nos manter no fluxo da multidão que
segue rumo ao precipício.
O desafio se
encontra justamente em quebrar o paradigma e apontar um outro caminho, uma
outra direção. E ao dizer isso talvez muitos já se respondam: eu já sou assim,
já ando na direção oposta. Mas aqui, o desafio é seguir a direção oposta da
arrogância, buscando a humildade nos conselhos, nos exemplos de resignação.
Seguir a direção oposta da falsidade, agindo com humanidade e coerência em
todos os lugares. Seguir a direção oposta da maldade, da discórdia, da
maledicência usando a ética, a benignidade, o amor fraternal. Seguir na direção
oposta do abuso do poder, da corrupção, do “jeitinho brasileiro” desfrutando da
competência, da moral, do respeito a hierarquia, do respeito ao próximo. Seguir
na direção oposta do fingimento, das falsas modéstias, da religiosidade rasa demonstrando
compaixão verdadeira e devoção não
somente nos templos mas nas atitudes diárias da busca pelo bem, pelo
crescimento, pela sabedoria.
Que seu Natal
seja verdadeiro, independente de como seja. Que seja simples; assim como Jesus.
Que seja humano; como Jesus. Que seja bondoso e humilde; como Jesus. Que seu
Natal esteja repleto do divino que transforma, que abençoa, que revigora, mas
sobretudo, esteja repleto de Jesus que traz a graça, o perdão, a humanidade e o
amor.
Feliz Natal a
todos. Que venha 2015, cheio de inquietudes e reflexões. Boas festas.
Acorde
Filosófico – Ana Paula Garcia da Silveira
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